21 dezembro 2010

Como podemos entender a expressão "O Anjo do Senhor no AT"?

Nem sempre quando encontramos a expressão o anjo do Senhor, está claro que se refere à Pessoa do Senhor Jesus, pois há ocasiões que um mero anjo é identificado com Deus. Nesses contextos, o propósito é mostrar que o anjo está agindo e falando como representante de Deus. Mas, algumas vezes, o anjo indica a presença imediata de Deus (Êx 23.20-23; 32.34; 33.14,15; Is 63.9). Nesses textos Deus está prometendo andar e orientar o povo de Israel. O anjo mencionado em Êx 32.24 é chamado em Êx 33.14-15 de a minha presença, essa expressão poderia ser traduzida literalmente por a minha face. Em Is 63.9, o anjo da sua presença, no hebraico, significa não somente o anjo que se conserva na presença de Deus, mas também naquele em quem Deus é visto.

Theophania, é uma palavra composta pelos vocábulos gregos Theós (Deus), e phainein, (aparecer), significando uma manifestação visível de Deus. Tais teofanias são atribuídas a Segunda Pessoa da Trindade, Jesus Cristo. Elas não têm o objetivo de demonstrar a forma do Senhor, mas visa apenas dar uma mensagem, ao passo que a forma visível atrai meramente e fixa a atenção. O livro de Apocalipse dá uma notável visão de Jesus Cristo ressurrecto e glorificado (1.12-20).


Autor : Matéria extraída de uma ou mais obras literárias.

A filha de Jefté foi realmente sacrificada?

Juízes 11:30-40

Um tema delicado: Jefté ofereceu realmente sua filha em holocausto? Há duas correntes de pensamento a respeito deste assunto: a primeira, defende que houve o sacrifício da vida da jovem, mas que o voto que gerou esse fato foi impensado e que Deus, apesar de dar a vitória a Jefté, não aceitou o sacrifício (que assemelhava-se ao usado no culto pagão). A segunda defende que esse sacrifício deve ser compreendido à luz do conceito posteriormente desenvolvido pelo apóstolo Paulo – de que todos devemos nos oferecer a Deus como sacrifício vivo (Rm 12.1). Vendo a passagem por este ângulo, é possível entender que Jefté tenha oferecido sua filha ao Senhor para serví-Lo em Sua casa pelo resto de sua vida, permanecendo virgem. Somente entenderemos a amplitude desse sacrifício considerando-o no contexto judaico daqueles dias. As várias linhagens e as famílias que delas faziam parte constituíam o centro da vida social. Jefté estaria destinando sua única filha para o serviço do Senhor com o voto de castidade perpétua, o que significaria o fim de sua própria linhagem dentre os filhos de Israel.

A Blasfêmia contra o Espírito Santo

Referência: MATEUS 12.22-37

BLASFÊMIA
= injuriar, caluniar, vituperar, difamar, falar mal.

A Blasfêmia ao nome de Deus era pecado imperdoável no VT - Lv 24.10-16.

Por isso acharam que Jesus era réu de morte porque dizia que era Deus e isto para eles era blasfêmia (Mc 14.64). Compare Mc 2.7 e João 10.33.

A alma que pecava por ignorância - trazia oferenda pelo pecado - Nm 15.27.
Mas a pessoa que pecava deliberadamente era eliminada, cometia um pecado imperdoável - Nm 15.30.

Pecar contra um conhecimento claro da verdade é evidentemente uma blasfêmia contra o Espírito Santo, e por natureza, este pecado faz com que o perdão seja impossível, porque a única luz possível é deliberadamente apagada.

Aquele que cometeu este pecado nunca terá perdão. Toda a igreja pode orar por ele, mas ele nunca será salvo (I Jo 5.16). De fato, a igreja nem deveria orar por ele (I Jo 5.16). Segundo Jesus “é réu de juízo eterno” (Mc 3.29). Segundo Judas 4,12,13 “estão perdidos para sempre.” Segundo II Tm 3.8 “são réprobos quanto à fé.”


I. O QUE NÃO É O PECADO IMPERDOÁVEL?

1. Incredulidade final = Billy Graham em seu livro ESPÍRITO SANTO diz que a blasfêmia contra o Espírito Santo é permanecer incrédulo até à morte. Contudo o contexto de Mateus 12 mostra que Jesus falava para os fariseus que não estavam na hora da morte - Mt 12.32; Mc 3.29; Lc 12.10. É verdade que quem morre na incredulidade está perdido, mas não é este o pecado chamado blasfêmia contra o Espírito Santo.

2. Rechaçar por um tempo a graça de Deus = Saulo de Tarso rechaçou (At 26.9; I Tm 1.13). Os irmãos de Jesus também rechaçaram (Mc 3.21; Jo 7.5). E eles foram salvos.

3. Negar a Cristo e a sua divindade = Pedro negou a Cristo. Paulo negava a divindade de Cristo.

4. Negar a divindade do Espírito Santo = Se assim fosse nenhum Testemunha de Jeová poderia se converter.

5. Entristecer o Espírito Santo = O crente não comete este pecado imperdoável, pois ele não pode perder a salvação. Davi entristeceu o Espírito Santo e era salvo.


II. O QUE É A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO?

Embora não seja cristão, este blasfemo é alguém com quem o Espírito Santo trata. Hb 6.4-6 o descreve de seis formas:

1. Iluminado = Esta metáfora descreve CONHECIMENTO. O que comete o pecado imperdoável é aquele que recebeu conhecimento da verdade Hb 10.26. Exemplos: l) Jesus havia realizado o grande milagre perto dos fariseus. A divindade de Cristo era tão notória que todos ficaram admirados (Mt 12.23). Esse conhecimento era a iluminação que receberam os fariseus que blasfemaram contra o Espírito Santo. Judas Iscariotes - tinha todo o conhecimento de Jesus e o renunciou.

2. Provaram o dom celestial = O dom aqui é a vida e a obra de Cristo. A vida de Cristo é celestial. As pessoas culpadas pelo pecado imperdoável haviam visto Jesus, estado com Jesus, conhecido a Jesus. Haviam visto Jesus operar maravilhas e haviam escutado seus ensinos. Este conhecimento fez mais grave o seu pecado.

3. Tornaram-se participantes do Espírito Santo = Isso não significa que eram moradas do Espírito Santo, de maneira que estivessem misticamente unidos a Cristo como estão os ramos à videira. O QUE É? Significa participação na obra e influência do Espírito Santo. O Espírito Santo atuou em formas milagrosas e proféticas inclusive por meio de não crentes. Os não regenerados Balaão, Saul e Judas são exemplos de homens em quem o Espírito Santo atuou. Jesus indicou que os não crentes participam do Espírito Santo neste sentido (Mt 7.22).

4. Provaram a boa Palavra de Deus = A pessoa que comete o pecado imperdoável tem provado a Boa Palavra de Deus. O vital neste caso é a palavra BOA. Essa pessoa vê que a Palavra é BOA. Exemplo: A) É como a semente que caiu no meio dos espinhos - logo a recebe com alegria Mc 4.16,17. B) Herodes - escutou com gosto a João Batista (Mc 6.20) e todavia rejeitou a mensagem de Cristo. Percebe que é bom, mas a rejeita.

5. Provaram os poderes do mundo vindouro = A palavra poderes se emprega em Hb 2.4 em relação com os milagres e certamente este é o significado aqui. É a pessoa que já viu os sinais de Jesus como os fariseus viram, mas não se deixaram mover.

6. Caíram = Apesar deste conhecimento e experiências tão claras, os blasfemos renunciaram a Cristo. Não com dúvida usual nem a incredulidade ordinária. Não contra a sua vontade como Paulo em Rm 7, nem com tristeza e choro como Pedro, senão voluntariamente - Hb 10.26, deliberadamente.


III. EXPOSIÇÃO DO TEXTO DE MATEUS 12.22-37

O contexto de Mc 3.20-30 deixa claro que a blasfêmia não é:

a) uma grave falha moral;

b) uma persistência no pecado;

c) um ato de ofender ou rejeitar a Jesus devido à ignorância ou rebelião.
MAS É: a rejeição deliberada e consciente da atividade de Deus pelo Espírito Santo e a atribuição desta atividade ao diabo.
Exemplo: Os fariseus viram o milagre e atribuíram a obra de Deus ao diabo. A pessoa não está na ignorância. Ela escolhe rejeitar a Deus e a chamar Deus de diabo. Não há nada mais que se possa fazer por tal pessoa - I Jo 5.16.

Este pecado fala do profundo perigo de atribuir as coisas boas de Deus a um ato de Satanás.

Este pecado é cometido quando uma pessoa reconhece a missão de Jesus pelo Espírito Santo, mas a desafia, a amaldiçoa e a resiste.

Os fariseus cometeram este pecado quando afirmaram contra todas as evidências que Cristo era um agente de Satanás. Era uma declaração perversa de que as obras de Cristo eram do diabo. Eles pecaram contra a luz na forma mais determinada. Amaram mais as trevas (Jo 3.19). Chamaram a luz de trevas (Is 5.20).

É impossível porque se alguém não pode reconhecer o bem quando o vê, não pode desejar o bem. Se alguém não reconhece que o mal é mal, não pode arredepender-se dele e abandoná-lo. E se não pode arrepender-se não pode ser perdoado, porque o arrependimento é a única condição necessária para o perdão.

Para responder a acusação dos fariseus, Jesus usa 5 argumentos:

1. A acusação é absurda - Mt 12.25,26 = Satanás estaria se opondo a Satanás? Satanás estaria destruindo a sua própria obra? Estaria ele sendo suicida? Estaria derrubado o seu próprio império? Nenhum reino, cidade ou família dividida se mantém.

2. A acusação é contraditória - Mt 12.27 = Os filhos dos fariseus, seus descendentes também exorcizavam - Mt 7.22. Então, se Satanás impulsiona Jesus para fazer a mesma obra, quem impulsiona seus filhos? Então seus filhos seriam seus juízes. EXEMPLO: a) Mt 21.23-27 - Batismo de João era do céu ou dos homens? B) Mt 22.15-22 - Daí a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus.

3. A acusação obscurece a verdadeira situação - v. 28 = O reino de Satanás é vulnerável, porque seus mensageiros estão sendo expulsos da vidas dos homens. O Reino já chegou. Vai alargar suas fronteiras. Os cegos, os doentes, os possessos são libertos, a verdade é pregada. Em vez de opor-se ou combater o Reino os homens devem entrar nele - Mt 7.13,14; 11.28-30; Jo 7.38. Mateus 12.29 = Jesus está amarrando o diabo e libertando seus súditos. Pela vitória no deserto, expulsão dos demônios Jesus começou a amarrar Belzebu. Esse atamento foi mais reforçado pela sua vitória sobre Satanás na cruz - Cl 2.15 e na ressurreição, ascensão e coroação - Ap 12.5,9-12. Ele está fazendo isto não pelo poder de Belzebu, mas pelo poder do Espírito Santo. Nesta luta entre Cristo e Satanás é impossível a neutralidade (Mt 12.30) Isto porque só há dois impérios. O DE DEUS E O DE SATANÁS. Uma pessoa pertence a um ou a outro.

4. A blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável - v. 31,32 = Todo pecado será perdoado Mc 3.28; I Jo 1.9. Porém as conseqüências dessa blasfêmia são trágicas. Não haverá perdão.

a) Hb 6.4-6 = É impossível que sejam outra vez renovados...

b) Mt 12.32 = Não lhes será perdoado nem neste século nem no vindouro.

c) Mc 3.29 = Não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.

d) Hb 10.26-31 = Resta expectativa horrível de juízo

e) II Tm 3.8; Judas 4,12,13


IV - POR QUE NÃO PODEM SER PERDOADOS?

1) Porque eles dizem que Jesus é ministro de Satanás

2) Porque eles dizem que a força de Jesus não é o Espírito Santo, mas o diabo

3) Porque eles pecam deliberadamente e progressivamente em vez de se arrependerem - Mt 9.11; 12.2; 12.14.

4) É imperdoável porque rejeitam o Espírito Santo e a Cristo dizendo que são instrumentos do diabo.

5. Esta acusação revela quem são - v. 33-37 = Árvore má. Fruto mau - v. 33. Raça de víboras - v. 34. Vão dar conta no dia do juízo - v. 35-36.


CONCLUSÃO

Devemos ter 2 cuidados:

1. Esse assunto não deve interpor-se no caminho das plenas implicações da graça de Deus em Cristo = O pecado imperdoável é uma apostasia total (Calvino). Toda pessoa que arrependida procura a Jesus encontra abrigo. AQUELE QUE VEM A MIM DE MANEIRA NENHUMA EU O LANÇAREI FORA.

2. Se uma pessoa está aflita com medo de ter cometido este pecado é porque não o cometeu = Essa blasfêmia é uma hostilidade declarada contra Deus depois da pessoa ter sido exposta ao conhecimento da verdade.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Heresias


Hinduismo
 Islamismo
Sikhismo
Budismo
Janismo




Hinduismo

Tendo sua origem remontada ao ano de 1500 a . C., a religião hinduísta foi estabelecida pelos invasores arianos da Índia. Os textos védicos antigos descreviam um universo cercado de água. No período dos arianos, ou árias (homens), a explicação de suas divisões sociais era encontrada nos Vedas: da cabeça do deus primordial saíram os brâmanes (casta social dominante), dos braços saíram os guerreiros, das pernas os produtores e dos pés os servos (não-árias, ou "não-homens"). O mundo, conforme a concepção desta época, foi formado a partir da organização, por força divina, de um caos preexistente.
No sistema religioso hinduísta atual há uma série de ramificações, que geraram crenças e práticas diversas, assim como há muitos deuses e muitas seitas de diversas características. O Hinduísmo tem sua ênfase no que seria o modo correto do viver (dharma). Os cultos hinduístas são realizados tanto em templos e congregações quanto podem ser domésticos. A cerimônia mais comumente realizada é relativa à oração (puja). A palavra "Om", representa a vibração original, uma vibração que transcende o início, o meio e o fim de todas as coisas, vinculando-se, desta maneira, à imagem da própria divindade. Os códigos sagrados do Hinduísmo são: os Vedas, consistindo em escrituras que incluem canções, hinos, dizeres e ensinamentos; o Smriti, escrituras tradicionais que incluem o Ramayana, o Mahabarata, e o Bhagavadgita.
O Hinduísmo é a religião atualmente predominante na Índia (pouco mais de 80% da população).


 
Islamismo
Segundo dados estatísticos, o Islamismo é a religião que mais rapidamente ganha adeptos na atualidade. A origem do Islamismo é remontada ao século VII d. C. com as revelações de Alá ao profeta Maomé. A religião reconhece Alá como seu único deus, assim como reconhece em Maomé o legítimo profeta de seu deus. Os textos sagrados islâmicos são: o Alcorão, obra que contém as revelações de Alá a Maomé; o Hadith, contendo os pensamentos e as ações de Maomé; o Sunnah, conjunto de regras de conduta a ser seguido pelos islâmicos.
Duas vertentes são reconhecidas no Islamismo : os sunitas (o maior e mais ortodoxo grupo islâmico, constituindo maioria religiosa em países como o Iêmen e a Arábia Saudita, entre muitos outros) reconhecem a sucessão de Maomé por Abu Bakr e pelos três califas que o seguiram; os xiitas reconhecem a sucessão de Maomé por Ali, seu sobrinho. Os símbolos mais importantes para os islâmicos são a família e a mesquita, os elementos centrais da vida dos seguidores do Islamismo. As práticas religiosas são fundamentais, como por exemplo as cinco preces diárias a Alá; há também o dever para com os necessitados de se oferecer uma parte dos bens; durante a data do Ramadan, entre o amanhecer e o entardecer, há a obrigação do jejum; todos os seguidores da religião, pelo menos uma vez em sua vida, devem realizar a peregrinação à cidade de Meca, simbolizando a própria peregrinação de Maomé à esta cidade.
 
 
Sikhismo
A palavra "Sikh" significa "disciplina". Não há uma hierarquização na organização clerical da religião. O fundador do Sikhismo foi o Guru Nanak Dev ( 1469 - 1539 ). Ele pregou uma mensagem de amor e compreensão e criticou os rituais cegos dos Hindus e Muslim. O Guru Nanak passou a sua liderança da sua nova religião a nove Gurus que lhe sucederam. O último Guru vivo foi o Guru Gobind Singh, que morreu em 1708.
Durante a sua vida o Guru Gobind Singh estabeleceu a ordem Khalsa ( o puro ), os soldados-santos. A ordem Khalsa ergue as maiores virtudes dos Sikhs, dedicação e consciência social. Os Khalsa são homens e mulheres que passaram a cerimónia Sikh do baptismo e que seguem estritamente o Código de Conduta e de Convenções Sikh, o Reht Maryada e que usam os artigos físicos prescritos da fé. Sendo um dos mais comuns o de não cortar o cabelo, sendo exigido aos homens que o cubram com um turbante, e o Kirpan a espada cerimonial.
Antes da sua morte o Guru Gobind Singh declarou que os Sikhs já não precisavam de um Guru vivo e nomeou, como seu sucessor espiritual o Sri Guru Granth Sahib, pois sentiu que todos os ensinamentos que os Sikhs necessitavam encontravam-se no Sri Guru Granth Sahib, o Guru eterno dos Sikhs. E como seu sucessor físico o Khalsa.
O Sri Guru Granth Sahib é único no mundo das escrituras religiosas pois é composto pela poesia dos dez Gurus e também por escritos de Santos de outras fés, cujos pensamentos eram consistentes com a filosofia e pensamentos dos Gurus.
O Sikhismo não tem padres ou pastores, estes foram abolidos pelo décimo Guru, pois segundo este os padres tornavam-se corruptos e egocêntricos. Os Sikhs só possuem guardas do Guru Granth Sahib, os Granthi mas qualquer Sikh é livre de o ler no Gurdwara ( templos Sikh ) ou mesmo em sua casa. Todas as pessoas de todas as religiões são bem vindas nos Gurdwaras.
Pode encontrar uma Langar, uma cozinha comunitária gratuita, em cada Gurdwara, onde se serve refeições para todas as pessoas, sejam elas de qualquer religião, casta ou posição social. O Guru Nanak Dev iniciou esta instituição que esboça os princípios básicos Sikhs de humildade, igualdade e serviço comunitário


 
Budismo
O Budismo originou-se nos fins do Período Bramânico na Índia, que se estendeu aproximadamente entre os séculos IX e III antes de Cristo. Tal período pode ser subdividido entre um período bramânico ortodoxo (período de predominação dos Bramanas), um período bramânico desviante (do qual originaram-se as Upanisadas) e período das heterodoxias. Este último dá lugar à origem do jainismo e do budismo. De uma maneira geral, o budismo prega um caminho de libertação e salvação mais individualizado.
No decorrer de sua existência, a crença budista subdividiu-se em duas correntes: o Budismo Theravada, mais próximo da origem dos ensinamentos budistas (prega um único caminho para a redenção: esforço e disciplina), e o Budismo Mahayana (predominante, por exemplo, em países como o Butão, país sob regime monárquico constitucional, e na Coréia do Sul), do qual geraram-se doutrinas como a Bodhisattva e o Zen-Budismo, esta última possuindo foco de concentração no Japão (embora neste último país predomine a religião xintoísta). O Budismo, de modo geral, é organizado sob um sistema monástico.
O principal livro sagrado budista consiste no Tripitaka, livro compartimentado em três conjuntos de textos que compreendem os ensinamentos originais de Buda, além do conjunto de regras para a vida monástica e ensinamentos de filosofia. A corrente do Budismo Mahayana ainda reconhece como códigos sagrados os Prajnaparamita Sutras (guia de sabedoria), o Lankavatara (revelações em Lanka) e o Saddharmapundarika (leis). A crença budista toma a reencarnação como verdade. O sistema budista de crença é baseado em quatro princípios ou verdades fundamentais: o sofrimento sempre se faz presente na vida; o desejo é a causa crucial do sofrimento; a aniquilação do desejo leva à aniquilação do próprio sofrimento; a libertação individual é atingida através do Nirvana. O Nirvana contraria-se à idéia do Samsara (o ciclo de nascimento, existência, morte e renascimento). Para os budistas, o caminho da libertação e atingido a partir do momento em que o ciclo do Samsara é quebrado. O rompimento do ciclo da vida é justamente o Nirvana, o qual pode ser alcançado através de passos: a compreensão correta, o pensamento correto, o discurso correto, a ação correta, a vivência correta, o esforço correto, a consciência correta, a concentração correta. Todos estes passos são perseguidos através da auto-disciplina e da meditação, além de exercícios espirituais.
O Budismo foi fundado na Índia em aproximadamente 528 a.C. pelo príncipe Sidarta Gotama, o Buda (o Iluminado, cuja existência se estendeu aproximadamente de 563 a 483 a.C.), Hoje em dia, a maior concentração de seguidores budistas localiza-se na região do leste asiático). A Índia atual, na verdade, possui grande maioria hinduísta (pouco mais de 80% de sua população total).
 
Jainismo
Em sua origem, o Jainismo constituiu, ao lado do Budismo, uma vertente surgida no período das heterodoxias decorrentes da tradição bramânica na Índia. No decorrer de sua existência, a religião separou-se em duas vertentes: a Svetambara, que segue os cânones das escrituras que contêm os sermões e diálogos de Mahavira; e o Digambara, que acredita que os ensinamentos originais foram perdidos, mas a mensagem original é preservada. Os textos sagrados do Jainismo são: os Culika-sutras, que se dirigem à natureza da mente e do conhecimento; os Chedra-sutras, que contêm as regras do ascetismo para os monges jainistas; o Ágama, texto especificamente seguido pela vertente Svetambara, considerando este texto como uma coleção de diálogos do próprio Mahavira. O sistema monástico regido por regras de ascetismo caracteriza a organização jainista. Além do ascetismo, outras regras devem ser seguidas: devoção à "tarefa" por toda a existência, abstenção total de posses pessoais, celibato e recusa do ato sexual, nunca prejudicar quaisquer seres vivos, nunca mentir e nunca roubar.
A origem do Jainismo é remontada à Índia do século VI a. C., cuja fundação foi desencadeada por Vardhamana Mahavira.





19 dezembro 2010

Ultrapassamos 1.000 mil acessos

Não poderíamos deixar passar em branco esse momento tão importante e especial, chegamos e ultrapassamos 1.000 mil acessos, em um mês, portanto quero agradecer aos amigos(as) leitores e seguidores que praticamente diariamente nos pretigiam visitando o blog. 
Quando criei o blog teologiaaqui.blogspot.com tinha o intuito de postar sempre boas informações e mensagens que realmente façam a diferença!!! creio que estou atigindo o objetivo. Peço aos leitores que utilizem mais o Campo Comentários e/ou no Mural de Recados deixando suas impressões com relação aos textos etc. Também se quiserem fiquem a vontade de mandar um texto para publicar.
Que Deus te abençoe!
Pb Rogerio Azevedo.

15 dezembro 2010

DOUTRINA


CONCEITO DE DOUTRINA:
Doutrinar é ensinar as verdades fundamentais da Bíblia, organizadamente.É o conjunto de princípios que servem de base ao cristianismo, compreendendo desde o ensinamento, pregação, opinião das lideranças religiosas, desde que embasadas em Textos de obras Bíblicas escritas, como Regra de fé, preceito de comportamento e norma de conduta social, referente a Deus, a Jesus, ao Espírito Santo e Salvação.
 
CONCEITO DE DOUTRINA NO ANTIGO TESTAMENTO:
 
Doutrina (hebraico ”xql (Dt. 32:2; Pv.4:2; Pv.9:9; Pv. 13:14) - ensinamento, ensino, Ieqach”) - percepção, capacidade de persuasão. Palavra proveniente de laqach, que significa tomar, pegar, buscar,segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar, carregar embora, tomar em casamento. A doutrina escorrerá suavemente em todos os lugares. Além disso, é uma boa lei que dá instrução ao sábio e ensina aos justos uma fonte de vida e como se desviar dos laços da morte.
Doutrina (hebraico ”hrwt towrah ou hrttorah) - (Is. 28:9; Is.29:24) - lei, orientação, instrução,
orientação (humana ou divina), conjunto de ensino profético na era messiânica de orientações ou
instruções sacerdotais legais, referente aos costumes e hábitos.
Palavra oriunda de yarah que significa lançar, atirar, jogar, derramar, como lançar flechas, jogar
água, atirar, apontar, mostrar, dirigir, ensinar, instruir.(Ter uma direção definida). Ela dá entendimento aos errados de espírito e é um aprendizado aos murmuradores. 

CONCEITO DE DOUTRINA NO NOVO TESTAMENTO

Doutrina (grego “didachdidache”) - (Mc. 1:22; Lc. 4:32; At.2:42; Rm. 6:17) ensino, doutrina,instrução nas assembléias religiosas dos cristãos, fazer uso do discurso como meio de ensinar, em distinção de outros modos de falar em público. Palavra oriunda de didasko, significando conversar com outros a fim de instruí-los, pronunciardiscursos didáticos; desempenhar o ofício de professor conduzir-se a dar instrução, explicar ou expor algo a alguém.
Doutrina (grego “didaskaliadidaskalia”) - (1 Tm.4:6; 1 Tm.4:16; 1 Tm.6:1; Tt.2:1;Tt.2:10) -ensino, instrução, preceitos; palavra oriunda de didaskalos - No NT, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem; como os mestres da religião judaica, que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, como João Batista. Jesus, pela sua autoridade, refere-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação e como os apóstolos e Paulo, que, nas assembléias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito contra os falsos mestres entre os cristãos.
Doutrina (grego “logovlogos”) - (Hb. 6:1) - Ato da palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia dos ditos de Deus, envolvendo seus decretos, mandatos ou ordens dos preceitos morais dados por Deus, como as profecias do Antigo Testamento dadas pelos profetas, bem como narrativas de assuntos em discussão, com respeito à MENTE em si, razão, a faculdade mental do pensamento, meditação e raciocínio. Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a 2ª pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era palavra apropriada para o objetivo de João 1:1. Quem prega outro Jesus, irá sofrer (2 Co.11:4).
 

10 dezembro 2010

Os Homens Santos Fazem a Diferença
Dn 5.11
Intr.
O tempo de Daniel não foi tão diferente do nosso. As questões morais e espirituais em todas as gerações acabam por ser iguais, haja vista que o estado moral e espiritual homem são os mesmos no que tange a vida do homem fora do plano de Deus, é claro.
Contudo, tanto na época de Daniel, quanto em nossa época, os homens santos sempre farão a grande diferença.
1 A Trajetória de Um Vencedor – do cativeiro até a sua exaltação:
Daniel era naquela conjuntura, era a pessoa menos indicada para agradar o Rei diante de seu temor e medo.
a) Chegou em Babilônia como escravo – esteve depois disto como chefe principal dos sábios.
b) Conquistou espaço para anunciar o Deus vivo – revelou a glória do Deus Vivo
c) Não aceitou a comida do Rei – resolveu não se contaminar co os manjares do rei, e por isso foi abençoado.
d) Sofreu o dono por sua fidelidade a Deus – foi colocado na cova dos leões
e) Foi perseguido por ser fiel – não se deixou abater por isso, mas perseverou firme.
f) Daniel estava praticamente no anonimato – senão veja: ...nos dias de teu pai... se achou neste Daniel...
g) Não aceitou ser exaltado pelo homem – não aceitou as honrarias do rei, mas publicou a gloria do Deus eterno, que o abençoou abundantemente.
2 Características de Um Vencedor:
O que vai determinar o valor da sua vitoria são as características da sua vitoria.
a) Aquele que vence a tribulação
b) Aquele que não se deixa abater pela angustia
c) Aquele que suporta perseverante a Perseguição
d) Aquele que ainda que nada tenha para comer, nunca cai em desespero
e) Aquele que não se abate por falta do que vestir
f) Aquele que enfrenta o inimigo, embora correndo perigo é fiel
g) Aquele que não teme a morte por causa da palavra de Deus
3 O Deus de Daniel é o mesmo?
Sim . Deus não muda, nem mudará jamais.
a) O nosso Deus não muda, ele é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó
b) Ele é o mesmo Deus de Elias
c) Ele é o Mesmo Deus de Ananias, misael e azarias.
d) Ele é o mesmo Deus de Moisés, que revelou a sua justiça
e) Ele é o mesmo Deus que abriu o mar vermelho
f) Ele é o mesmo hoje, como era ontem, pois para Deus não há passado nem futuro
g) Deus é imutável, fiel e verdadeiro.
4 O que podemos entender deste tempo?
Paulo expressa a sua atenção para estes dias dizendo: “O Espirito expressamente afirma: Alguns apostatarão da fé”.
a) Nossos dias são os dias do êxodo.
b) Nossos dias são dias conquistas – como de Jericó
c) Nossos dias são dias de separação - como o foi com Acã.
d) Nossos dias são dias de Elias – dias de saber quem é fiel
e) Nossos dias são dias de Jeremias – dias de se chorar por si e pela Igreja
f) Nossos dias são dias de Oseias – dias de revelação da impureza do povo
g) Nossos dias são dias de purificação – dias de limpeza do templo
h) Nossos dias são dias de santificação – dias de abnegação, de mortificação da carne
i) Nossos dias são dias de adequação – dias de ser achado adequado e pronto para ir ao céu
j) Nossos dias são dias de preparação – eis o noivo! Saí-lhe ao encontro!
Desperta igreja do Senhor Jesus Cristo, levanta e anda, pois aqui não é lugar de descanço...

5 Conclusão:
não desista de ser santo, purifique-se, seja como Daniel, como noé, como jó, seja um crente fiel e santo...

08 dezembro 2010

Isaías (Is)
Autor:
Isaias
Data: Entre 700 - 690 aC


Autor
O primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o filho de Amoz, como o seu autor. O nome “Isaias” significa “O SENHOR é salvação”. A visão e a profecia são reivindicadas quatro vezes por Isaías; seu nome é mencionado mais doze vezes no livro. Seu nome também aparece doze vezes em 2Rs e quatro vezes em 2Cr.
O Livro de Is é citado diretamente no NT vinte e uma vezes sendo atribuído em cada caso ao profeta Isaías. Argumentos diversos favorecem a autoria única: 1) palavras– chave e frases-chave estão igualmente distribuídas através de todo o livro; 2) referências à paisagem e as cores locais são uniformes. A beleza de estilo superior na poesia hebraica nos últimos capítulos de Is pode ser explicada pela mudança de assunto, de julgamento e súplica para consolo e segurança.

Data
O profeta coloca que ele profetizou durante os reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que o seu chamado para o ofício profético tenha sido feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em cerca de 740 aC (6.1,8). Entretanto, é provável que ele tenha começado durante a ultima década do reinado de Uzias. Por Isaías mencionar a morte do rei da Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de 680 aC (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a Ezequias por alguns anos. A tradição diz que Isaías foi martirizado durante o reinado de Manassés, filho de Ezequias. Muitos acreditam que a forma “serrados” em Hb 11.37 é uma referência à morte de Isaías. A primeira parte do livro pode ter sido escrita nos primeiros anos de Isaías, e oca capítulos posteriores, após a sua retirada da vida pública.
Se Isaías começa profetizando em cerca de 750 aC, o seu ministério pode ter se sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias em Israel, bem como o de Miquéias em Judá.

Contexto Histórico
Isaias profetizou no período mais crucial da história de Judá e Israel. Ambos os reinos do Norte e do Sul haviam experimentado cerca de meio século de poder e prosperidade crescentes. Israel, governado por Jeroboão e outros seis reis de menor importância, tinha sucumbido ao culto pagão; Judá, sob Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma conformidade exterior à ortodoxia, mas, gradualmente, caiu num sério declínio moral e espiritual (3.8-26). Lugares secretos de culto pagãos eram tolerados; o rico oprimia o pobre; as mulheres negligenciavam suas famílias na busca do prazer carnal; muitos dos sacerdotes e profetas tornaram-se bêbados que queriam agradar os homens (5.7-12,18-23; 22.12-14). Embora estivesse para vir mais uma avivamento a Judá sob o rei Josias (640-609 aC), estava claro para Isaías que a aliança registrada por Moisés em Dt 30.11-20 havia sido tão inteiramente violada, que o cativeiro e o julgamento eram inevitáveis para Judá, assim como o era para Israel.
Isaías entrou em seu ministério aproximadamente na época da fundação de Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos gregos. As forças européia ainda não estavam preparada para grandes conquistas, mas diversas potências asiáticas estavam olhando para além de sua fronteiras. A Assíria, particularmente, estava inclinada a conquistas ao sul e ao oeste. O profeta, que era um estudioso dos assuntos mundiais, podia ver que o conflito era iminente. A Assíria conquistou Samaria em 721 aC.

Cristo Revelado
Depois de sua ressurreição, Jesus caminhava com dois de seus discípulos e “explicava-lhes o que dele se achava em todas a Escrituras” (Lc 24.27). Para fazer isso, ele deve ter extraído muita coisa do Livro de Is, porque dezessete capítulos contém referências proféticas a Cristo.
Cristo é citado como o “Senhor, Renovo do Senhor, Emanuel, Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Raiz de Jessé, Pedra Angular, Rei, Pastor, Servo do SENHOR, Eleito, Cordeiro de Deus, Líder e Comandante, Redentor e Ungido”
O Cap. 53 é o grande capítulo do AT que profetiza a obra expiatória do Messias. Nenhum texto em ambos os testamentos expõe de um modo tão completo o propósito da morte vicária de Cristo na cruz. Ele é citado diretamente nove ou dez vezes por escritores do NT: 52.15 (Rm 15.21); 53.1 (Jo 12.38; Rm 10.16); 53.4 (Mt 8.17); 53.5 (Rm 4.25; 1Pe 2.24); 53.7-8 (At 8.32-33); 53.9 (1Pe 2.22); 53.10 (1Co 15.3-4); 53.12 (Lc 22.37). Também existem muitos cumprimentos de detalhes no cap. 53 em adição às citações diretas.

O Espírito Santo em Ação
O ES é mencionado especificamente quinze vezes, sem contar as referências ao poder, efeito ou influência do Espírito que não citam seu nome. Há três categorias gerais sob as quais a obra do ES pode ser descrita:



A unção do Espírito sobre o Messias pra fortalece-lo, para seu domínio e governo como Rei no trono de Davi (11.1-12); como o Servo sofredor do Senhor, que irá fazer cura, libertação, iluminação e justiça às nações (42.1-9); como o Ungido (Messias) em seus dois adventos (61.1-3; Lc 4.17-21).
O derramamento do Espírito sobre Israel para lhes dar triunfo em sua reabilitação conforme o padrão do Êxodo (44.1-5; 63.1-5), para protegê-los de seus inimigos (59.19) e para preservar Israel em relacionamento de concerto com o SENHOR (59.21). Entretanto, Israel deve ser cuidadoso para não se rebelar e contristar o ES (63.10; Ef 4.30)
A operação do ES na criação e na preservação da natureza (40.30; ver também 48.16)

O Senhor Jesus, que teve seu ministério terreno realizado no poder e unção do ES, como Isaías havia profetizado, prometeu derramar seu Espírito sobre a Igreja, pra fortalecê-la para o ministério no cumprimento da Grande Comissão.
Esboço de Isaías

I. Profecia de denúncia e convite ( parte I) 1.1-35.10



Mensagem de Julgamento e promessas 1.1-6.13
Mensagem concernentes ao Emanuel 7.1-12.6
Mensagem de Julgamento sobre as nações 13.1-24.23
Mensagem de Julgamento, louvor, promessa 25.1-27.13
Os infortúnios dos descrentes imorais em Israel 28.1– 33.24
Resumo 34.1-35.10

II. O procedimento de Deus com Ezequias 36.1-39.8



Deus liberta Judá 36.1-37.38
Deus cura Ezequias 38.1-22
Deus censura Ezequias 39.1-8

III. Profecia de consolo e paz (parte II) 40.1-66.24

A garantia de consolo e paz 40.1-48.22
O Servo do Senhor, o Autor do consolo e da paz 49.1-57.21
A realização do consolo e da paz 58.1-66.24

Fonte: Bíblia Plenitude

30 novembro 2010

Dia do Teólogo

30 de Novembro

O dia 30 de Novembro foi instituído como sendo o dia do Teólogo, pela LEI Nº 4.504 de Janeiro, em 1991. Em todo Brasil essa data é marcada por comemorações e atividades alusivas ao estudioso das religiões. Mas, afinal, o que é um Teólogo?
Teólogo é aquele que procura tornar a religião um saber racional, no caso, um saber chamado “teologia” (estudo de Deus: teo = Deus; logia = estudo). Sua atitude diante da religiosidade é quase sempre objetiva, um paradoxo, uma vez que a religião em si e mais precisamente a fé tem caráter subjetivo.
Embora o teólogo possa ser um religioso, é preciso diferenciar. Uma coisa é ter fé, outra é estudar os fenômenos da fé. Para o primeiro caso, basta crer, acreditar num dogma ou numa doutrina como verdade a ser vivida. No outro, esta mesma fé será interpretada, relativizada e, conseqüentemente, racionalizada.

29 novembro 2010

ECLESIOLOGIA - DOUTRINA DA IGREJA

 
01- QUAL O SIGNIFICADO DE IGREJA?
A palavra provém do grego ekklesia (assembléia). Entende-se por igreja a totalidade dos salvos em Cristo, dos que estão compromissados com a obra do Senhor, dos separados (santos) pela aceitação de Jesus como Senhor e Salvador. A igreja é aqui na terra o corpo de Cristo. Nesta acepção, é chamada igreja invisível, a que tem vida interior, espiritual. Cristo é a cabeça desse corpo. Dá-se o nome de Igreja Local ao grupo de pessoas ­ chamadas de membros - unidas na mesma fé em Cristo Jesus, que se reúnem regularmente em determinado lugar, sob a coordenação e direção de um Pastor. O termo “igreja” foi mencionado pelo Salvador em duas ocasiões:


1) “E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Marcos 16.18). “Tu és Pedro” (“petros”, palavra grega designativa de pequenos blocos rochosos, fragmentos de rocha, pedras pequenas, pedras de arremesso). “Sobre esta pedra (“petra”, rocha grande e firme). Logo, a Igreja seria firmada sobre a Rocha. Jesus é a “petra”, a Rocha sobre a qual Sua Igreja está edificada (Daniel 2.34; Efésios 2.20; Atos 4.11; Romanos 9.33; 1 Coríntios 10.4; 1 Pedro 2.4). Se a Igreja é o corpo de Cristo, Pedro não poderia ser o cabeça da Igreja. A cabeça desse corpo é o Senhor Jesus (Efésios 1.22-23; Colossenses 1.18).
2) “E, se não as ouvir [as testemunhas] dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e cobrador de impostos” (Mateus 18.17). Entre Cristo e a Igreja existe plena comunhão (Mateus 18.20; Marcos 16.15-18).
A leitura de 1 Coríntios 12.12-27 será proveitosa para melhor compreensão do assunto. Figuradamente e de forma indevida, dá-se o nome de igreja ao templo onde os irmãos se reúnem em assembléia. A Igreja é, em última análise, o povo de Deus: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9). Outras referências: Atos 20.28; Efésios 3.10; 1 Pedro 2.1-10.

02 - O QUE DIFERENCIA AS IGREJAS PENTECOSTAIS DAS OUTRAS?
Os termos "igreja pentecostal", "crente pentecostal" e "movimento pentecostal" lembram a manifestação sobrenatural do Espírito Santo no dia de Pentecostes, em Jerusalém. Pentecostes é o qüinquagésimo dia depois do segundo dia da Páscoa. Esta solenidade é chamada pelos judeus de "a Festa das Semanas", e foi instituída para obrigar os israelitas a dirigirem-se ao templo, reconhecerem o domínio do Senhor e comemorarem a entrega da Lei a Moisés, no monte Sinai, 50 dias depois da saída do Egito. O Espírito Santo desceu sobre os discípulos de Jesus, por ocasião do Pentecostes. Os discípulos receberam o dom do Espírito Santo e passaram a "falar em línguas estranhas", tal como descrito em Atos 2.1-4. Dá-se o nome de PENTECOSTAL ao crente ou denominação religiosa que crê na contemporaneidade do batismo no Espírito Santo, isto é, que recusa a crença de que aquela manifestação do Espírito de Deus, em Pentecostes, foi único, específico. Dizemos, porém, que aquela experiência sobrenatural vem se repetindo ao longo de dois mil anos, "porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" (Atos 2.39).

Rogerio Azevedo

26 novembro 2010

CORAGEM DE SONHAR


"A coragem não é a ausência do medo; é a persistência apesar do medo".


"Muitos são os planos no coração do homem, mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá".
(Provérbios 19.21)
    Quando era criança, deitado , olhando para o teto, me perguntava: o que você tem?
E eu dizia sempre, "nada". A minha vida era sonhar, imaginar o que eu poderia ser um dia, mesmo me sentindo incapaz, porque ninguém dizia o contrario.
Identificava em que direção eu gostaria de crescer, e então comecei a sonhar sobre as possibilidades de chegar lá...
Devemos sonhar, porque fomos criados a imagem do Deus que vê as coisas que não são e quer que sejam.
Eu procurava um lugar sossegado e silencioso, deixando que meus pensamentos perambulassem, dizendo: O que Deus fez em minha vida ate agora? O que ele ainda poderia fazer?
Eu sonhava além do que eu já era...
Sonhe...
Sonhar o sonho impossível, lutar contra o inimigo invencível,
Sofrer a dor insuportável, correr onde o valente não ousa ir.
Batalhar pelo que é justo, sem questionar nem parar.
"Um pastor jamais alcança mais do que seus sonhos".
Satanas quer destruir os sonhos dos jovens pois você será oquê sonhar.
Comece agora a sonhar um sonho para sua vida, e faça um plano!
"Sonhe Sempre!"
Rogerio Azevedo

23 novembro 2010

Reflexão

"A persistência é o que torna o impossível possível; o possível, provável; e o provável, definitivo". Robert Half.

Hebreus 6:12
Para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.

   Deus te fez com marca de vencedor, as lutas virão as tribulações virão mas você não pode desistir.
Tornar o impossível possível  é a luta de muitos, mas só  Deus tem poder para fazer.
   Quem viu Davi quando era um simples pastor de ovelhas? Deus o viu.
Deus tem contemplado você, Ele vai te ajudar agora você decide aceitar ou não.
   Olha só somos humanos, pequenos, pecadores e mesmo assim temos um Deus que esta todo instante contemplando - nos e se preocupa com as nossas dores.
E você defende Deus como defende seu time de futebol, O defende como defende seu cantor, pastor preferido no meio de seus amigos.
    A realidade é que quando estamos tristes colocamos a culpa em Deus e na alegria hum O esquecemos.
   Se Deus lhe fizesse a seguinte pergunta: Tem lugar para mim em sua casa?
Permita Deus entrar em seu coração fazer parte de sua vida ainda Hoje! Pois você tem a marca do sangue de Cristo.
Que Deus te Abençoe!
Rogerio Azevedo

18 novembro 2010

Tema: Espaço, Tempo


Intro:
Metafísica (do grego μετα [meta] = depois de/além de/ entre/ através de e Φυσις [physis] = natureza ou físico) é um ramo da Filosofia que estuda a essência do mundo. O saber é o estudo do ser ou da realidade. Ocupa-se em procurar responder perguntas tais como:
O que é real ( realidade)? O que é natural ( naturalismo)? O que é sobrenatural (milagre)? O ramo central da metafísica é a ontologia, que investiga em quais categorias as coisas estão no mundo e quais as relações dessas coisas entre si. A metafísica também tenta esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo, incluindo a existência e a natureza do relacionamento entre objetos e suas propriedades, espaço, tempo, causalidade, e possibilidade.
Josué, 13
1. Josué estava velho, avançado em anos, e o Senhor disse-lhe: Tu estás velho, de muita idade, e resta ainda um grandíssimo espaço de terra a conquistar.


O que entendemos de fato sobre:
  • O tempo de Deus?
  • O tempo certo?
  • O tempo da espera?
Para muitos o tempo é uma prisão que leva ao desespero, para nós COT é uma oportunidade de demonstrarmos confiança e Fé em Deus; Ele o Criador de todas as coisas, sabe o que é melhor para cada um de nós, Suas criaturas.
“Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem.” (Mt 7, 9-11)
O tempo de Deus não é baseado em minutos, segundos, dias ou anos. O tempo de Deus se baseia em aprendizagem. Deus quer que aprendamos a confiar e esperar n’Ele plenamente.
“Quem ouve a palavra de Deus com atenção encontra a felicidade; bem-aventurado quem confia e espera no Senhor.” 

Quando Abraão recebeu a promessa de Deus levou dezenas de anos para se cumprir, por quê?
- Porque Deus esperava que Abraão crescesse de Fé em Fé. Adquirisse uma Fé viva e não uma fé morta.
Muitas pessoas não conseguem esperar e se precipitam fazendo o que não é do agrado de Deus, não conseguem entender que: “O tempo da espera é o tempo do amadurecimento” (G.R).
Quando conhecemos a Deus vivemos o Amor Natural , mas Deus quer que saíamos do Amor Natural para o Amor Sobrenatural.
Qual o significado de Natural e Sobrenatural?
  • Natural: conforme à natureza humana, ou seja, já é próprio do ser humano.
  • Sobrenatural: superior ao natural, não se conforma às leis naturais, é sobre-humano.
“Quem está no amor natural não consegue esperar em Deus” (G.R)
Precisamos ter consciência que: “O tempo certo é o tempo de Deus” (L.R) e para vivermos esse tempo é necessário “esperar”, Deus se utiliza dessa espera para nos amadurecer e nos formar.
O Amor Sobrenatural nos ensina a sair de todo sentimentalismo, nos ensinando a renunciar a nós mesmos e colocar sempre Deus em primeiro lugar.
Sabe por que existe no mundo de hoje muitas famílias desestruturadas?
- Primeiro porque existe muitos jovens que não conhecem a Deus, segundo porque eles não sabem esperar. Assim, começam a namorar cedo, ainda adolescentes. Todos os meios de comunicação apresentam jovens e adolescentes namorando. Tanto que, para muitos parece humilhante aparecer num grupo sem o parceiro ao lado. E, naturalmente são namoros com abraços, beijos e sexo. A maioria, antes de casar, namorou sucessivamente com diversos parceiros.
Nós cristãos precisamos fazer a diferença, ser luz nesse mundo cheio de trevas. Onde estivermos devemos dar testemunho de que só em Deus e em Sua vontade encontramos a verdadeira felicidade.
É promessa de Deus para todos nós: “Se me ouvis, comereis excelentes manjares…” (Is 55,2).
Vale a pena esperar!

16 novembro 2010

Rogerio Azevedo

Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo - AGOSTINHO.



Deus tem poder para guardá-los de tropeços, enquanto vocês andam pelo perigoso caminho que vai da terra aos céus. Quando escalamos montanhas, há estreitos atalhos, às vezes com um íngreme precipício em um dos lados. Se déssemos um passo errado, poderíamos cair em um imenso abismo. O mesmo acontece com nossas vidas espirituais. O caminho muitas vezes é difícil e escorregadio. Seria muito fácil tropeçar se o Senhor Jesus não mantivesse nossos pés firmes no chão. Quando andamos com segurança, portanto, devemos dar toda a glória a Deus que está nos guardando.

Mesmo os verdadeiros crentes são muito fracos. Vocês não são capazes de viajar por si próprios. Vocês não são capazes de ver os perigos ocultos. Precisam que o Senhor Jesus cuide de vocês e evite que caiam. Além disso, vocês têm inimigos que se escondem ao lado da estrada, prontos para aparecer e derrubá-los. Somente o Senhor Jesus pode protegê-los dos inimigos que estão sempre esperando para destruí-los. Não deveríamos louvar "aquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar"?

Ainda que sejamos tão fracos, Ele nos levará ao céu. Este mundo em que vivemos não é nosso lar. Muitas vezes gostaríamos de deixá-lo, pois a vida aqui se torna muito difícil. Gostaríamos de ir para nosso lar celesl i al. O Senhor Jesus tem poder para nos levar lá! Ele lutará contra nossos inimigos para nós. Jesus nos guardará de cair no pecado, e levará todos aqueles pelos quais Ele morreu para a terra celestial. Ninguém será deixado para trás. Estaremos segu¬ros e felizes com Ele para sempre. O Senhor Jesus nos apresentará a Deus e estaremos com aqueles que alcançaram o céu antes de nós.

Em seguida, devemos notar que quando formos apresentados a Deus, estaremos imaculados. Como poderemos nós, que somos pecadores, estar sem faltas? Ã única resposta é que nosso Salvador é muito poderoso e Sua obra é sempre perfeita. Por mais pecadores que vocês sejam, se Cristo, em Sua misericórdia e graça, opera em seus corações de forma que vocês acreditem nEle, Ele os lavará em Seu sangue; isto significa que Cristo oferece Sua morte como pagamento pelos seus pecados. Vocês podem ter sido bêbados, ladrões ou adúlteros; mas agora, tendo nascido de novo por causa do que Cristo fez, aos olhos de Deus vocês serão puros, limpos e cândidos.

Mas há algo mais. Não basta que um homem esteja sem faltas, sem pecados. Ele precisa ter boas qualidades também. Ele não chegará ao céu somente porque seu pecado foi perdoado. Ele deve também ser obediente aos mandamentos de Deus. Entretanto como não temos poder para guardar a lei de Deus perfeitamente, como podemos esperar que chegaremos ao céu? Apenas porque o Senhor Jesus Cristo viveu uma vida perfeita a nosso favor. Ele guardou a lei de Deus, e Deus em Sua grande misericórdia considera a obediência de Cristo com relação à Sua lei como se fosse nossa própria obediência. Ele a atribui a nós.

Assim, duas coisas aconteceram. Cristo morreu pelos nossos pecados para que pudéssemos ser perdoados; Cristo viveu uma vida perfeita, e agora Deus nos olha como se tivéssemos levado uma vida assim, e Ele nos aceita.

0 melhor de tudo, porém, é o fato de que Deus nos tomará em novas pessoas. Por causa de Cristo, Deus nos aceita como inculpáveis e bons. Então, Ele também coloca em nossos corações o desejo de sermos santos e bons. Enquanto vocês viverem na terra, embora não queiram pecar, ainda assim a maldade estará em seus corações, tentando fazer com que cometam coisas pecaminosas que na verdade não querem. Em Romanos, capítulo 7, o apóstolo Paulo nos diz que quando quis fazer o bem, o mal estava presente nele, e ele fez o que detestava.

Um dia, todo o mal em vocês terá desaparecido para sempre. Isto só acontecerá quando estes corpos pecaminosos morrerem e esti¬vermos com nosso Salvador no céu. Quando O virmos, seremos como Ele. Que alegria será para nós! Portanto, devemos dizer novamente com Judas: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar... glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos."

Quando chegarmos ao céu, entenderemos muito mais do que agora. Olharemos para trás e veremos todas as vezes nos quais fomos guardados de cair no pecado. Louvaremos o Senhor Jesus que nos guardou. Mas mesmo agora, nesta vida, devemos lembrar que Ele nos segura firmes, e não nos abandonará.

Em seguida, vejamos como o Senhor Jesus nos apresentará diante de Deus. Judas diz que será com muita exultação. Quem vocês acham que sentirá essa exultação? Todo cristão sincero e sentirá. Todos os que já leram a Bíblia cuidadosamente conhecem a Parábola do Filho Pródigo. Quem estava mais feliz na festa que o pai preparou para seu Filho que agora voltara para casa? O filho pródigo. Ele mal podia acreditar que seu pai ainda conseguia ama¬do depois de ter sido tão ingrato e pecador.
O mesmo acontecerá conosco quando Deus, nosso Pai, nos trouxer para o lar que preparou para nós no céu. Olharemos para nossas vidas na terra. Pensaremos como fomos ingratos e como nos afastamos do Senhor Jesus Cristo. Então pensaremos como ainda assim Ele nos amou e por fim nos trouxe ao céu. O pecado, a tentação e o diabo, que sempre foram nossos inimigos, terão desaparecido, e seremos mais felizes do que jamais pensamos que poderíamos ser. Vocês deveriam estar muito felizes agora também, ao lembrarem que quando os problemas da vida acabarem, vocês serão felizes no céu eternamente.

O obreiro cristão também será feliz. Quando ele chegar ao céu será humilde, bem como exultante. Verá ali aqueles para quem ele havia falado a respeito do Senhor Jesus Cristo. Eles creram em Jesus e foram levados ao céu também. Os obreiros cristãos estarão cheios de júbilo e dirão: "Aqui estou eu e os filhos que me deste; a ti louvor".

Os anjos também terão grande alegria. A Bíblia diz que há júbilo no céu por todo pecador que se arrepende. Assim, como será imensa a alegria deles quando um número incalculável de pecado¬res arrependidos, todos perfeitos e sem culpas, for trazido com segurança para o céu!

Pecadores, obreiros cristãos, anjos, todos terão muita alegria. Mas quem estará ainda mais exultante? O próprio Senhor Jesus Cristo estará mais feliz que todos. Todo o Seu povo chegou em casa a salvo. Com segurança, Cristo libertou de cada perigo todos os que Lhe foram dados por Seu Pai. O propósito de Deus foi cumprido e todo Seu povo eleito foi completamente salvo. Cada promessa feita por Deus Pai e por Deus Filho foi cumprida. Assim, naquele dia ninguém estará mais feliz do que o Senhor Jesus Cristo. Ele veio à terra para viver e morrer por nós, a fim de que nos céus pudéssemos ser Sua noiva. A Bíblia diz: "... como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus" (Is. 62:5). Que dia de júbilo será aquele! Diz Isaías: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito".

Toda a Igreja estará no céu, reunida de toda as nações, sem mancha alguma e completa. Nenhum crente estará faltando. Os cristãos não estarão lá por causa de algo de bom dentro deles, mas devido à aliança feita entre Deus o Pai e o Senhor Jesus Cristo. Inúmeros pecadores serão salvos, guardados de tropeços e por fim trazidos à presença de Deus , porque essa aliança não pode ser rompida.

E então, finalmente, o próprio Deus terá infinito regozijo. Está escrito no livro de Sofonias, no Velho Testamento: "O Senhor teu Deus... se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo". Acho que esta é uma das mais maravilhosas passagens da Bíblia. Quando o mundo foi feito, as estrelas da manhã exultaram de alegria, mas Deus disse apenas que "era bom". Ele não Se regozijará até que todas as pessoas escolhi¬das encontrem-se ao redor de Seu trono. Então, até Deus, o Pai Eterno, entoará uma esplêndida canção.

Há mais uma reflexão que eu gostaria de acrescentar. Tudo o que dissemos é verdade para todos dentre vocês que são crentes. Para todos vocês, é verdade que Ele os guardará de tropeços e os apresentará "com exultação, imaculados diante da sua glória". Então, vocês devem entoar juntos esta canção: "... ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora, e para todo o sempre. Amém."

Ao mesmo tempo, quando pensarem em sua segurança em Cristo, não esqueçam suas atuais fraquezas. Quero que saibam que por si próprios vocês não têm poder para obedecer a Deus por um só minuto. O poder gracioso de Deus por si só irá guardá-los. Cristo prometeu trazê-los com segurança para o céu, e Ele certamente fará isso. Vocês estão seguros nas mãos de Cristo. Nenhum inimigo de Deus pode arrancá-los de Cristo.

E quanto àqueles dentre vocês que ainda não sabem que foram salvos pela graça de Deus? Meu desejo é que vocês não confiem em si próprios ou em algum bem que acham que podem fazer, mas quero que confiem em Cristo. Vocês podem se arruinar e acabar indo ao inferno, porém não se podem salvar e ir ao céu. Somente Cristo pode salvá-los. Confiem suas vidas Àquele(que é poderoso para guardá-los de tropeços. Se vocês morrerem como estão, certamente perecerão. Só Cristo pode salvá-los. Somente Ele pode torná-los imaculados e levá-los ao céu. Ele é capaz de fazer isso por vocês. Cristo derramou Seu sangue na cruz a fim de abrir um caminho para vocês virem ao céu. Confiem no poder de Seu sangue e estarão salvos de seus pecados e impurezas. Levantem os olhos para Cristo com uma fé simples, para que possam chegar ao céu e cantar com todos os remidos do Senhor: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora, e para todo o sempre. Amém."

07 novembro 2010

O que é missões?

A palavra “missão” vem do latim mito, que significa “enviar”. No novo testamento, aparece o termo grego “apostello” , com o mesmo significado da palavra latina.
Quem primeiro se preocupou em “enviar” foi o próprio Deus. Em Jo 3.16 está escrito  “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Através deste versículo, ficamos sabendo da preocupação de Deus para com a humanidade decaída e distanciada, razão pela qual, enviou Jesus ao mundo.

A Missão de Jesus ao mundo, foi salvar o homem perdido (Lc 19.10), João 3.16 diz que Deus deu Jesus ao mundo. O verbo “dar” neste texto, não é simplesmente alguém estender a mão e oferecer alguma coisa a outro, mas sim, oferecer uma dádiva valiosa para alguém que não merece, sem impor ou receber nada em troca, oi exatamente o que Deus fez, ofereceu o seu filho amado para resgatar o homem da perdição.

Para que fazer Missões?         Rm 10.14
Onde fazer Missões?              At  1.8
Como fazer Missões?             Lc 24.49

Certamente você já leu o texto da  conversão do Eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha da Etiópia , país localizado na África.
1- Filipe era um homem guiado pelo Espírito Santo de Deus.
2- Filipe não se deixava levar por preconceitos ou tradições humanas.
3- Filipe conhecia a Bíblia.
4- Filipe não deixou de anunciar a Cristo (At.8.35)
5- Filipe tinha um alvo definido: conduzir almas a Cristo.
Ao longo da história da Igreja, Deus tem chamado homens e mulheres para fazerem missões. Gunnar Vingren e Daniel Berg, foram chamados por Deus e enviados a fazerem missões em terra brasileira, o resultado é que a todo instante, dezenas e dezenas de vidas se entregam a Jesus, e confessam como único e suficiente salvador.

Desafios da Evangelização Mundial

Leiamos, Jo. 6.1-15, “... e grande multidão o seguia  e  Jesus, levantando os olhos e vendo que uma multidão vinha ter com Ele , disse a Filipe: Onde compraremos pão , para estes comerem ?”.

Eles não tinham dinheiro , nem onde comprar pão para alimentar a multidão. Estavam diante de um tremendo desafio. Isso é  Missões.
Alimentar as  multidões famintas em lugares desertos da terra  é  um desafio que foge da lógica humana. É necessário olhar além e ver os campos brancos para a ceifa , e sair com cinco pães e dois peixes , mas ter o coração cheio de fé e do Espírito Santo.
Veja o mundo em que vivemos . Observe a extensão do trabalho que nos espera.

Panorama Mundial.
População Mundial: 6.8 bilhões de pessoas aproximadamente. (a população aumenta cerca de 1 bilhão de pessoas a cada 10 anos).
Área do Mundo: 148.574.000 Km² , 29,1% da superfície total do planeta.       
Nações e seus territórios: 194
Línguas e dialetos : em torno de 6.000.

05 novembro 2010

HERMENÊUTICA


HERMENÊUTICA
"Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (II Tm. 3.16,17)
"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pd 1.20,21)
"Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e decaiais da vossa firmeza." (2 Pd 3.16,17)
Introdução
De muitas maneiras os homens se diferem entre si e esse fato, naturalmente, faz com que eles distanciem mentalmente uns dos outros na capacidade intelectual, no gosto estético, na qualidade moral e etc.
Alguns foram instruídos em conhecimentos intelectuais e outros não tiveram estas oportunidades e isto provoca divergências de interpretação.
Apesar destas divergências entre os homens, Deus tem um plano para os mesmos e este está revelado na Bíblia Sagrada.
Este plano de Deus traça um mesmo caminho para reunir uma grande família em Cristo Jesus, com a unificação dos povos sem distinção de cor, raça, sexo, nacionalidades, condições social e econômica. (Gl 3.28; Cl 3.11)
Diante deste quadro a aplicação da hermenêutica será imprescindível a unificação do conhecimento do Plano da Salvação para com todos os homens da terra.
Origem
A palavra HERMENÊUTICA é derivada do termo grego HERMENEUTIKE e o primeiro homem a empregá-la como termo técnico foi o filósofo Platão.
Definição
A hermenêutica é a ciência que estabelece os princípios, leis e métodos de interpretação. Em sua abrangência trata da teoria da interpretação de sinais, símbolos de uma cultura e leis.
Divisão
A divisão da hermenêutica é reconhecida como geral e específica. A geral é aquela que se aplica à interpretação de qualquer obra escrita. A específica é aquela que se aplica a determinados tipos de produção literais tais como: Leis, histórias, profecias, poesias, etc e que será tratada neste estudo por estar dentro do campo de aplicação a literatura sacra – A BÍBLIA como inspirada Palavra de Deus. (II Tm 3.16)
I – A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA
O pecado obscureceu o entendimento do homem e exerce influência perniciosa em sua mente e torna necessário o esforço especial para evitar erros. (II Pd 3.16 e De 7.10)
A aplicação e a conservação do caráter teológico da hermenêutica estão vinculadas ao recolhimento do princípio da inspiração divina da Bíblia Sagrada.
II – DISPOSIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O ESTUDO DAS ESCRITURAS
Assim como para apreciar devidamente a poesia se necessita possuir um sentido especial para o belo e poético, e para o estudo da filosofia é necessário um espírito filosófico, assim é da maior importância uma disposição especial para o estudo proveitoso da Sagrada Escritura.
1. Necessita-se de um espírito respeitoso.
Um filho que não respeita, que caso fará dos conselhos, avisos e palavras de seu pai? A Bíblia é a revelação do Onipotente. "O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da minha palavra." (Is 66.2)
2. Necessita-se de um espírito dócil.
Isto significa ausência de obstinação e teimosia diante da revelação divina. É preciso receber a Palavra de Deus com mansidão. (Tg 1.21)
3. Necessita-se de um espírito amante da verdade.
Um coração desejoso de conhecer a verdade (Jo 3.19-21)
4. Necessita-se de um espírito paciente.
Como o garimpeiro que cava e revolve a terra, buscando com diligência o metal precioso, da mesma maneira o estudioso das Escrituras deve pacientemente, buscar as revelações que Deus propôs e que em algumas partes é bastante profunda e de difícil interpretação.
5. Necessita-se de um espírito prudente.
Iniciando a leitura pelo mais simples e prosseguir para o mais difícil. "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... e ser-lhe-á concedida." (Tg 1.5)
III – MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
Método é a maneira ordenada de fazer alguma coisa. É um procedimento seguido passo a passo com o objetivo de alcançar um resultado.
Durante séculos os eruditos religiosos procuraram todos os métodos possíveis para desvendar os tesouros da Bíblia e arquitetar meios de descobrir os seus segredos.
1. Método Analítico
É o método utilizado nos estudos pormenorizados com anotações de detalhes, por insignificantes que pareçam com a finalidade de descrevê-los e estudá-los em todas as suas formas. Os passos básicos deste método são:
a) Observação – É o passo que nos leva a extrair do texto o que realmente descreve os fatos, levando também em conta a importância das declarações e o contexto;
b) Interpretação – É o passo que nos leva a buscar a explicação e o significado (tanto para o autor quanto para o leitor) para entender a mensagem central do texto lido. A interpretação deverá ser conduzida dentro do contexto textual e histórico com oração e dependência total do Espírito Santo, analisando o significado das palavras e frases chaves, avaliando os fatos, investigando os pontos difíceis ou incertos, resumindo a mensagem do autor a seus leitores originais e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto);
c) Correlação – É o passo que nos leva a comparar narrativas ou mensagem de um fato escrito por vários autores, em épocas distintas em que cada um narra o fato, em ângulos não coincidentes como por exemplo a mesma narrativa descrita em Mc 10.46 e Lc 18.35, onde o primeiro descreve "saindo de Jericó" e o segundo "chegando em Jericó";
d) Aplicação – É o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função da verdade descoberta. É a resposta através da ação prática daquilo que se aprendeu.
Um exemplo de aplicação é o de pedir perdão e reconciliar-se com alguém ou mesmo o de adoração à Deus.
2. Método Sintético.
É o método utilizado nos estudos que abordam cada livro como uma unidade inteira e procura o seu sentido como um todo, de forma global. Neste caso determina-se as ênfases principais do livro ou seja, as palavras repetidas em todo o livro, mesmo em sinônimo e com isto a palavra-chave desenvolve o tema do livro estudado. Outra maneira de determinar a ênfase ou característica de um livro é observar o espaço dedicado a certo assunto. Como por exemplo, o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus enfatiza a fé e em todos os demais capítulos ela enfatiza a palavra SUPERIOR. (De acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada – ARA).
SUPERIOR:
a) Aos anjos – 1.4; f) Ao sacrifício – 9.23; l) Ao sacerdócio – 5 a 7;
b) A aliança – 7.22; g) Ao patrimônio – 10.34;
c) A bênção – 7.7.; h) A ressurreição – 11.35;
d) A esperança – 7.19; i) A pátria – 11.16;
e) A promessa – 8.6; j) A Moisés – 3.1 a 4;
3. Método Temático
É o método utilizado para estudar um livro com um assunto específico, ou seja, no estudo do livro terá um tema específico definido. Como exemplo temos a FÉ:
a) Salvadora – Ef. 2.8; d) Grande – Mt 15.21 a 28;
b) Comum – Tt 1.4; Jd 3; e) Vencedora – I Jo 5.4;
c) Pequena – Mt 14.28 a 31; f) Crescente – II Ts 1.3.
4. Método Biográfico de Estudo da Bíblia
Esta espécie de estudo bíblico é divertida, pois você tem a oportunidade de sondar o caráter das pessoas que o Espírito Santo colocou na Bíblia, e de aprender de suas vidas. Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse: "Estas cousas lhes sobrevieram como exemplo, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." (I Cor. 10.11)
Sobre alguns personagens bíblicos muito foi escrito. Quando você estuda pessoas como Jesus, Abraão e Moisés, pode precisar restringir o estudo a áreas como, "A vida de Jesus como nos é revelada no Evangelho de João", "Moisés durante o Êxodo", ou "Que diz o Novo Testamento sobre Abraão". Lute sempre para manter os seus estudos bíblicos em tamanho manejável.
Estudo Biográfico Básico.
PASSO UM – Escolha a pessoa que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo (por exemplo, "Vida de Davi, antes de tornar-se rei"). Usando uma concordância ou um índice enciclopédico, localize as referências que têm relação com a pessoa do estudo. Leia-as várias vezes e faça resumo de cada uma delas.
1) – Observações – Anote todo e qualquer pormenor que notar sobre essa pessoa. Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez o que fez? Como levou a efeito? Anote minúcias sobre ela e seu caráter.
2) – Dificuldades – Escreva o que você não entende acerca dessa pessoa e de acontecimentos de sua vida.
3) – Aplicações possíveis – Anote várias destas durante o transcurso do seu estudo, e escreva um "A" na margem. Ao concluir o seu estudo, você voltará a estas aplicações possíveis e escolherá aquela que o Espírito Santo destacar.
PASSO DOIS – Com divisão em parágrafos, escreva um breve esboço da vida da pessoa. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Quando possível, mantenha o material em ordem cronológica.
b) Estudo Biográfico Avançado.
Os seguintes passos podem ser acrescentados quando você achar que o ajudarão em seus estudos biográficos. São facultativos e só devem ser incluídos progressivamente, à medida que você ganhe confiança e prática.
Trace o fundo histórico da pessoa. Use um dicionário bíblico para ampliar este passo somente quando necessário. As seguintes perguntas haverão de estimular o seu pensamento.
1) – Quando viveu a pessoa? Quais eram as condições políticas, sociais, religiosas e econômicas da sua época?
2) – Onde a pessoa nasceu? Quem foram seus pais? Houve alguma coisa de incomum em torno do seu nascimento e da sua infância?
3) – Qual a sua vocação? Era mestre, agricultor, ou tinha alguma outra ocupação? Isto influenciou o seu ministério posterior? Como?
4) – Quem foi seu cônjuge? Tiveram filhos? Como eram eles? Ajudaram ou estorvaram a sua vida e o seu ministério?
5) – Faça um gráfico das viagens da pessoa. Aonde ela foi? Por que? Que fez?
6) – Como a pessoa morreu? Houve alguma coisa extraordinária em sua vida?
5. Método de Estudo Indutivo.
a) O método indutivo se baseia na convicção de que o Espírito Santo ilumina a quem examina as escrituras com sinceridade, e que a maior parte da Bíblia não é tão complicada que quem saiba ler não possa entendê-la. Os Judeus da Bereia foram elogiados por examinarem cada dia as escrituras "se estas coisas eram assim". (At 17.10,11)
b) É óbvio que obras literárias tem "partes" que se formam no "todo". Existe uma ordem crescente de partes, de unidades simples e complexas, até se formarem na obra completa.
c) A unidade literária menor, que o Estudo Bíblico Indutivo (EBI) emprega, é a palavra. Organizam-se palavras em frases, frases em períodos, períodos em parágrafos, parágrafos em seções, seções em divisões, e por fim, a obra completa.
PALAVRA – Unidade menor;
FRASES – Reunião de palavras que formam um sentido completo;
PERÍODO – Reunião de frases ou orações que formam sentido completo;
PARÁGRAFOS – Um discurso ou capítulo que forma sentido completo, e que usualmente se inicia com mudança de linha.
SEÇÃO – Parte de um todo, divisão ou subdivisão de uma obra, tratado, estudo.
V – REGRAS FUNDAMENTAIS DE INTERPRETAÇÃO
Não devemos nos esquecer que a primeira pessoa a interpretar as Escrituras, de forma distorcida, foi o diabo. Ele deu à palavra divina um sentido que ela não tinha, falseando astutamente a verdade. (Gn 3.1)
Os seus imitadores, conscientes e inconscientes, têm perpetuado este procedimento enganando à humanidade com falsas interpretações das Escrituras Sagradas.
A maior de todas as regras é: A ESCRITURA É EXPLICADA PELA PRÓPRIA ESCRITURA, ou seja, A BÍBLIA, SUA PRÓPRIA INTERPRETE.
1. Primeira Regra – É preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.
Porém, tenha-se sempre presente a verdade de que o sentido usual e comum não equivale sempre ao sentido literal.
Exemplo: Gn 6.12 = A palavra CARNE (no sentido usual e comum significa pessoa)
A palavra CARNE (no sentido literal significa tecido muscular)
2. Segunda Regra – É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Exemplos: a) FÉ em Gl 1.23 = significa crença, ou seja, doutrina do Evangelho.
FÉ em Rm 14.23 = significa convicção.
b) GRAÇA em Ef 2.8 = significa misericórdia, bondade de Deus.
GRAÇA em At. 14.3 = significa pregação do Evangelho.
c) CARNE em Ef. 2.3 = significa desejos sensuais.
CARNE em I Tm 3.16 = significa forma humana.
CARNE em Gn 6.12 = significa pessoas.
3. Terceira Regra – É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que estão depois do texto que se está estudando.
No contexto achamos expressões, versículos ou exemplos que nos esclarecem e definem o significado da palavra obscura no texto que estamos estudando.
4. Quarta Regra – É preciso levar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire, sobretudo, lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta em que ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da Bíblia já trazem estas informações. Ex.: Provérbios 1.1-4.
5. Quinta Regra – É necessário consultar as passagens paralelas, "explicando cousas espirituais pelas espirituais". (I Cor. 2.13)
Passagens paralelas são as que fazem referência uma à outra, que tem entre si alguma relação, ou tratam de um modo ou outro de um mesmo assunto.
Existe paralelos de palavras, paralelos de idéias e paralelos de ensinos gerais.
a) Paralelos de palavras – Quando lemos um texto e encontramos nele uma palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha palavra idêntica e assim, entendemos o seu significado. Ex.: "Trago no corpo as marcas de Jesus." (Gl 6.17). Fica mais fácil o seu entendimento quando lemos a passagem paralela: "Trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus (I Cor. 4.10).
b) Paralelos de Idéias – Para conseguir idéia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens chamam-se paralelos de idéias.
Ex.: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt 16.16) Quem é esta pedra? Se pegarmos em I Pd 2.4, a idéia paralela: "E, chegando-vos para ele, (Jesus) pedra viva..." entenderemos que a pedra é Cristo.
Outro exemplo: Em Gl 6.15, o que é de valor para Cristo é a nova criatura. Que significa esta expressão figurada? Consultando o paralelo de 2 Cor. 5.17, verificamos que a nova criatura é a pessoa que "esta em Cristo", para a qual "as cousas antigas passaram", e "se fizeram novas".
c) Paralelos de ensinos gerais – Para a correta interpretação de determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de idéias, é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras.
Exemplos: - O ensino de que "o homem é justificado pela fé sem as obras da lei", só será bem compreendido, com a ajuda dos ensinos gerais na Bíblia toda.
- Segundo o teor ou ensino geral das Escrituras, Deus é um espírito onipotente, puríssimo, santíssimo, conhecedor de todas as cousas e em todas as partes presente. Porém há textos que, aparentemente, nos apresentam um Deus como o ser humano, limitando-o a tempo ou lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza ou santidade, seu poder ou sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz dos ensinos gerais das Escrituras.
VI – FIGURAS DE RETÓRICA
Exporemos em seguida uma série de figuras com seus correspondentes exemplos, que precisam ser estudados detidamente e repetidas vezes.
1. Metáfora.
Esta figura tem por base alguma semelhança entre dois objetos ou fatos, caracterizando-se um com o que é próprio do outro.
Exemplo: Ao dizer Jesus: "Eu Sou a Videira Verdadeira", Jesus se caracterizou com o que é próprio e essencial da videira (pé de uva); e ao dizer aos discípulos: "Vós sois as varas", caracterizou-os com o que é próprio das varas.
Outros exemplos: "Eu Sou o Caminho", "Eu Sou o Pão Vivo", "Judá é Leãozinho", "Tu és minha Rocha", etc.
2. Sinédoque.
Faz-se uso desta figura quando se toma a parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos: Toma a parte pelo todo: "Minha carne repousará segura", em vez de dizer: meu corpo. (Sl 16.9)
Toma o todo pela parte: "...beberdes o cálice", em lugar de dizer: do cálice, ou seja, parte do que há no cálice.
3. Metonímia.
Emprega-se esta figura quando se emprega a causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo pela realidade que indica o símbolo.
Exemplos: Jesus emprega a causa pelo efeito: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos", em lugar de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas. (Lc 16.29)
Jesus emprega o símbolo pela realidade que o mesmo indica: "Se eu não te lavar, não tem parte comigo." Lavar é o símbolo da regeneração.
4. Prosopopéia.
Esta figura é usada quando se personificam as cousas inanimadas, atribuindo-se-lhes os feitos e ações das pessoas.
Exemplos: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (I Cor 15.55) Paulo trata a morte como se fosse uma pessoa.
"Os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas." (Is 55.12)
"Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram. Da terra brota a verdade, dos céus a justiça baixa o seu olhar." (Sl 85.10,11)
5. Ironia.
Faz-se uso desta figura quando se expressa o contrário do que se quer dizer, porém sempre de tal modo que se faz ressaltar o sentido verdadeiro.
Exemplo: "Clamai em altas vozes... e despertará." Elias dá a entender que chamar por Baal é completamente inútil. (1 Rs 18.27)
6. Hipérbole.
É a figura pela qual se representa uma cousa como muito maior ou menor do que em realidade é, para apresentá-la viva à imaginação. É um exagero.
Exemplos: "Vimos ali gigantes... e éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos... as cidades são grandes e fortificadas até aos céus." (Num. 13.33)
"Nem no mundo inteiro caberiam os livros que seria, escritos". (Jo. 21.25)
"Rios de águas correm dos meus olhos, porque não guardam a tua lei". (Sl 119.136)
7. Alegoria.
É uma figura retórica que geralmente consta de várias metáforas unidas, representando cada uma delas realidades correspondentes.
Exemplo: "Eu Sou o Pão Vivo que desceu do céu, se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo, é a minha carne... Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna", etc. Esta alegoria tem sua interpretação nesta mesma passagem das Escrituras. (Jo 6.51-65)
8. Fábula.
É uma alegoria histórica, na qual um fato ou alguma circunstância se expõe em forma de narração mediante a personificação de cousas ou de animais.
Exemplo: "O cardo que está no Líbano, mandou dizer ao cedro que lá está: Dá tua filha por mulher a meu filho; mas os animais do campo, que estavam no Líbano, passaram e pisaram o cardo." (2 Rs 14.9) Com esta fábula Jeoás, rei de Israel, responde a proposta de guerra feita por Amazias, rei de Judá.
9. Enigma.
Exemplo: "Do comedor saiu comida e do forte saiu doçura." (Jz 14.14)
10. Tipo.
Exemplos: A serpente de metal levantada no deserto foi mencionada por Jesus como um tipo para representar sua morte na cruz. (Jo 3.14)
Jonas no ventre do grande peixe, foi usado como tipo por Jesus para representar a sua morte e ressurreição. (Mt 12.40)
O primeiro Adão é um tipo para Cristo o último Adão. (I Cor 15.45)
11. Símbolo.
Representa alguma cousa ou algum fato por meio de outra cousa ou fato familiar que se considera a propósito para servir de semelhança ou representação.
Exemplos: Representa-se: A majestade pelo leão, a força pelo cavalo, a astúcia pela serpente, o corpo de Cristo pelo pão, o sangue de Cristo pelo cálice, etc.
12. Parábola.
Apresentada sob a forma de narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de ilustrar uma ou várias verdades importantes.
Exemplos: O Semeador (Mt 13.3-8); Ovelha perdida, dracma perdida e filho pródigo (Lc. 15), etc.
13. Símile.
Procede da palavra latina "similis" que significa semelhante ou parecido a outro. É uma analogia. Comparação de cousas semelhantes.
Exemplos: "Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim (do mesmo modo) é grande a sua misericórdia para com os que o temem". (Sl 103.11);
"Como o pai se compadece de seus filhos, assim (do mesmo modo) o Senhor se compadece dos que o temem". (Sl 103.13)
14. Interrogação.
Somente quando a pergunta encerra uma conclusão evidente é que é uma figura literária.
"Interrogação é uma figura pela qual o orador se dirige ao seu interlocutor, ou adversário, ou ao público, em tom de pergunta, sabendo de antemão que ninguém vai responder."
Exemplos: "Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25)
"Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?" (Hb 1.14)
"Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?" (Rm 8.33)
"Com um beijo trais o Filho do homem?" (Lc 22.48)
15. Apóstrofe.
O vocábulo indica que o orador se volve de seus ouvintes imediatos para dirigir-se a uma pessoa ou cousa ausente ou imaginária.
Exemplos: "Ah, Espada do Senhor, até quando deixarás de repousar?" (Jr 47.6)
"Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão!" (2 Sm 18.33).
16. Antítese.
"Inclusão, na mesma frase, de duas palavras, ou dois pensamentos, que fazem contraste um com o outro."
Exemplos: "Vê que proponho hoje a vida e o bem, a morte e o mal." (Dt 30.15)
"Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição e são muitos os que entram por ela) porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." (Mt 7.13,14)
17. Provérbio.
Trata-se de um ditado comum. Exemplos: "Médico cura-te a ti mesmo" (Lc 4.23); "Nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra." (Mt 6.4; Mt 13.57)
18. Paradoxo.
Denomina-se paradoxo a uma preposição ou declaração oposta à opinião comum.
Exemplos: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos". (Mt 8.22)
"Coais o mosquito e engolis o camelo". (Mt 23.24)
" Porque quando sou fraco, então é que sou forte". (2 Cor 12.10)
Conclusão.
O que temos estudado aqui é apenas subsídios para uma interpretação mais segura. De maneira nenhuma queremos com isto substituir o método mais antigo e eficaz que existe: A leitura humilde regada de oração, jejum, e na total dependência do maior interprete das Escrituras Sagradas – O Espírito Santo.

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